Aconteceu no Auditório Principal da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o encerramento do ano de 2013 da disciplina de Otorrinolaringologia. "Foi um ano muito produtivo para a ORL do HC-FMUSP. Ganhamos prêmio internacional como a melhor pesquisa, nacional e o único prêmio CAPES de medicina com a orientanda Dra. Raquel Salomone, com a 'Regeneração do ramo mandibular do nervo facial de ratos após a implantação de células multipotentes do estroma multipotentes do estroma mesenquimal indiferenciadas e diferenciadas in vitro que apresentam fenótipo de células de Schwan'. E nossa clínica é tão grande que mais se parece com um hospital", disse Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento.

A residência de otorrinolaringologia do FMUSP é a mais disputada do Brasil e todos os trabalhos realizados nelas crescem ano a ano. "Temos 39 alunos em especialização, oito defenderam teses, 36 projetos em desenvolvimento e obtivemos de uma pontuação que vai até 5, a nota 4 da CAPES", relatou o professor.

Lembrando que a ORL da FMUSP trabalha os três pilares da medicina - ensino, assistência médica e pesquisa -, o professor continuou explanando sobre a especialidade da medicina. "Temos o maior serviço de Otorrinolaringologia do mundo e somos sete professores docentes, que são os pilares do ensino dessa especialidade na FMUSP. Para fugirmos da burocracia e conseguirmos que a ORL crescesse, criamos o CEDAO e a Fundação Otorrinolaringologia, hoje responsável por bolsas de estudos, realização de cursos e congressos pelo Brasil afora, além de uma biblioteca que possui o maior número de livros, revistas, teses e pesquisas da especialidade no Brasil. E conseguimos ter equipamento de ponta para realização de cirurgias e exames específicos em ORL", disse ele.

Atendimentos em consultório
Além dos atendimentos no ambulatório do PAMB, os otorrinolaringologistas formados no HC-FMUSP também contaram com as consultas realizadas pelo convênio, em prédio próximo à faculdade. "Conseguimos aumentar 1.500 consultas do ano passado para cá e, além disso, tivemos 6.588 atendimentos fonoaudiológicos. O número de pronto-atendimento no Hospital Universitário chegou a 16.120, com 575 cirurgias", continuou.

No ICESP, o ORL realizou 1.025 consultas ambulatoriais e 319 exames. E esse número não foi maior porque houve reformas nos prédio do ambulatório do Hospital das Clínicas. "Hoje, temos oito alunos no Programa de Complementação Especializada, que conseguiram uma super especialização em otorrinolaringologia. A nossa disciplina conta, ainda, com o LIM - Laboratório de Investigação Médica e o Laboratório de Habilidades Cirúrgicas, que, no próximo ano, ganhará estações de vídeo acima de cada aluno para que as aulas sejam gravadas e revistas para melhorar as técnicas dos alunos nas próximas aulas", relatou.
Nesse ano de conquistas, o professor titular também lembrou as campanhas feitas na disciplina. "O programa Reouvir - O Despertar da Terceira Idade tornou-se marca registrada da nossa disciplina e já entregaram mais de 11 mil próteses auditivas convencionais a pacientes SUS e temos também a campanha Quem Ouve Bem, Aprende Melhor", disse ele.
A ORL do HC-FMUSP através da Fundação Otorrinolaringologia conseguiu editar durante anos a International @rchives of Otorhinolaryngology, que atualmente passou a ser editada pela Thieme Medical Publishers, a maior editora de revistas médicas do mundo. E edita também a revista Ouvir Bem, voltada ao público leigo sobre audição e implante coclear. "Nosso site tem 350 mil acessos por ano e, através dele, profissionais de saúde, sejam médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, entre outros, inscrevem-se para cursos e congressos nacionais e internacionais promovidos pela Fundação Otorrinolaringologia", continuou.

Tudo isso é motivo de orgulho a todos nós e nos leva a ter mais projetos para a melhoria da Otorrinolaringologia do HC-FMUSP. E, no próximo ano, teremos o início da construção do novo hospital só voltado a oftalmo e otorrino. Um ano que promete!", finalizou Professor Dr. Ricardo Ferreira Bento.