Da Folha Online
O Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo decidiu proibir a produção e venda dos fitoterápicos Ginko Biloba e Espinheira Santa, da empresa Vita Vita Comércio e Indústria, de Hortolândia (105 km a noroeste de São Paulo). De acordo com a Secretaria de Saúde, nenhum dos dois produtos tem registro no Ministério da Saúde.
O anúncio foi dado nesta terça-feira, mas o comunicado da decisão foi publicado na edição de sábado passado (15) do "Diário Oficial" do Estado. Ele, além de proibir a produção e a venda, ainda determina que a Vita Vita recolha todas as unidades que estão no mercado.
"O Ginko Biloba vinha sendo indicado para tratar problemas circulatórios, perda de memória, doenças respiratórias, problemas auditivos e até disfunções sexuais. Já a Espinheira Santa era recomendada para o tratamento de gastrites, úlceras, problemas digestivos, azia, má digestão irritações estomacais, inflamações e vômitos", afirma a secretaria.
A Vita Vita foi autuada pela irregularidade.
Outro lado
O diretor-técnico da Vita Vita, César Augusto de Souza, afirmou que a interdição ocorreu porque a Vigilância Sanitária mudou seu entendimento e deixou de considerar os produtos como alimentos, como fazia desde 2001, para considerá-los medicamentos.
De acordo com ele, a empresa trabalha para regularizar a situação uma vez que está autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a produzir alimentos e medicamentos. Ele estima que o processo de adequação da embalagem dos produtos às exigências feitas a medicamentos e sua regularização durará mais de seis meses.
Quando se tornarem medicamentos, o Ginko Biloba será indicado em tratamentos de labirintite, memória e hipertensão; e a Espinheira Santa, em problemas gástricos.
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